Na segunda-feira (15), o Ministério da Saúde anunciou novo protocolo para a indicação de cloroquina e hidroxicloroquina para crianças e gestantes. Segundo a pasta, a prescrição do medicamento fica a critério do médico, e é necessária a vontade declarada do paciente. No caso de pacientes pediátricos ou incapacitados, é necessário o termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis legais.
No posicionamento, a SBP classifica como inadequada a prescrição dessas substâncias para crianças e adolescentes diante da "inexistência de evidências consistentes e reconhecidas pela comunidade científica como válidas".
"A ausência dessas evidências sólidas impede o uso seguro dessas drogas, seja por que não há confirmação sobre seus efeitos terapêuticos positivos contra a COVID-19, seja por que ainda não foram mensurados com exatidão seus possíveis efeitos colaterais", diz a nota da entidade.
Segundo a organização, a recomendação é válida para qualquer quadro, tanto de sintomas leves quanto manifestações graves.
"Para a SBP, a prevenção e o combate à COVID-19 no Brasil devem ser conduzidos à luz do que a Ciência tem orientado sob o risco de expor a população e os profissionais da saúde a situações de risco, com desdobramentos que podem comprometer o bem-estar e a vida", escreveu.