Mais de 10 vacinas experimentais contra COVID-19 estão sendo testadas em seres humanos em todo o mundo. Os cientistas correm contra o tempo para desenvolver uma proteção contra o novo coronavírus que matou mais de 450 mil pessoas ao redor do globo.
Nenhuma das vacinas, no entanto, passou da fase final de testes, que exige milhares de participantes para determinar a eficácia da imunização.
A China, onde o vírus se originou no ano passado, registrou menos de 10 novos casos diários em maio, na média, o que dificultou a realização de testes clínicos em estágio avançado.
"Esperamos poder iniciar cooperações internacionais e realizar uma terceira fase do estudo clínico com múltiplos centros para ajudar a levar a vacina ao mercado", disse o vice-presidente da empresa China National Biotec Group (CNBG), Zhang Yutao, à agência China News Service.
"A vacina não estará no mercado até, pelo menos, o próximo ano, com base nos planos atuais", disse o executivo em entrevista transmitida na quinta-feira (19).
Um novo surto de coronavírus em Pequim, na semana passada, infectou mais de 180 pessoas, mas Yang disse que o número de novos pacientes, em comparação com a população, ainda é baixo demais para o ambiente de teste.
CNBG é afiliada da corporação estatal China National Pharmaceutical Group (Sinopharm). Uma das duas vacinas experimentais desenvolvidas por suas unidades mostrou sinais positivos em estudos com humanos em estágio inicial.