Estatais venezuelanas entram na Justiça contra banco português em processo de R$ 7,7 bilhões

Um grupo de estatais da Venezuela apresentou ação no Tribunal Judicial de Lisboa para recuperar junto ao Novo Banco um valor bloqueado de 1,35 bilhão de euros (cerca de R$ 7,7 bilhões).
Sputnik

Segundo o Diário de Notícias, o montante está relacionado ao acordo firmado em 2010, durante a gestão do presidente venezuelano Hugo Chávez, entre o governo do país sul-americano e o banqueiro Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo, instituição financeira portuguesa salva da falência para dar lugar ao Novo Banco. 

Ainda de acordo com o jornal, as estatais venezuelanas investiram 6,4 bilhões de euros (cerca de R$ 38 bilhões) nas empresas do Grupo Espírito Santo. Somente a petrolífera PDVSA teria 400 milhões de euros (cerca de R$ 2,374 bilhões) congelados no Novo Banco, tendo perdido ação movida no início do ano para conseguir movimentar a quantia. 

Por mais de uma ocasião, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu que o Novo Banco liberasse o dinheiro retido. 

Razões de segurança

Segundo o Diário de Notícias, nove empresas entraram com a ação. De acordo com o jornal O Expresso, o grupo é formado por oito companhias, entre elas o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social da Venezuela. 

O Novo Banco justifica o congelamento dos ativos argumentando que não consegue identificar o beneficiário final das operações. Por questões de segurança, para não quebrar regras de prevenção de lavagem de dinheiro, a instituição não executaria as ordens de pagamento. 

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