EUA não permitirão que Rússia e China aumentem seu arsenal nuclear, afirma representante americano

As negociações de controle de armas entre os EUA, a Rússia e talvez China estão marcadas para próxima segunda-feira, 22 de junho, na capital austríaca, Viena.
Sputnik

Ainda esta semana, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, se encontrou no Havaí com um diplomata de alto nível da China, Yang Jiechi, na base da Força Aérea de Hickam.

As conversações na Áustria visam levar a China a participar de negociações mais amplas com a Rússia para limitar as reservas de armas nucleares dos três países.

Os EUA vêm com preocupação o crescente interesse da Rússia e China em desenvolver seus arsenais nucleares.

"O estoque nuclear total da China vai duplicar nos próximos dez anos, e isto é naturalmente uma grande preocupação", disse em entrevista à CBS News o embaixador norte-americano Robert Wood, representante permanente dos EUA na Conferência sobre Desarmamento.

Wood disse que a equipe de controle de armas nucleares está "totalmente focada" em levar a Rússia e a China para um novo acordo quadro.

EUA não permitirão que Rússia e China aumentem seu arsenal nuclear, afirma representante americano

"Não vamos permitir que a Rússia e a China continuem avançando nas suas modernizações e aumentem o estoque de armas nucleares", afirmou representante dos EUA.

"Isto é algo que o presidente [Donald Trump] disse que não pode continuar. Portanto, neste momento, estamos modernizando nosso arsenal, mas não estamos aumentando o número de forma substancial. Além disso, temos que lidar e responder a esses crescentes desafios da Rússia e da China. E não podemos fechar os olhos para isso".

Anteriormente em uma entrevista, o chanceler russo Sergei Lavrov declarou que os Estados Unidos impediram a tentativa da Rússia de estender o tratado de armas nucleares Novo START, que expira em 2021.

O acordo é o mais recente em vigor sobre o controle de armas entre os Estados Unidos e a Rússia. O diplomata argumentou que seu desaparecimento derrubará a última barreira que evita uma corrida armamentista.

A atual versão do tratado foi assinada pelo então presidente dos EUA, Barack Obama, e seu homólogo russo Dmitry Medvedev em 2010. O acordo deve expirar em fevereiro do próximo ano.

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