No último dia 15, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a intenção de retirar cerca de 9.500 soldados atualmente em serviço na Alemanha, se queixando das contribuições insatisfatórias de Berlim à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Isso porque o país europeu não estaria contribuindo financeiramente com o mínimo exigido pelos EUA, que defendem que seus aliados devem investir pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em gastos com defesa.
Em artigo publicado no Wall Street Journal no último domingo (21), no entanto, o assessor de Segurança Nacional dos EUA afirmou que o principal motivo para reduzir a presença americana na Alemanha seria a necessidade de aumentar o contingente militar do país em outras regiões, para conter a China e a Rússia.
"Pode-se esperar milhares para se redistribuir para o Indo-Pacífico, onde os EUA mantêm uma presença militar em Guam, Havaí, Alasca e Japão, além de implantações em locais como a Austrália", escreveu o consultor. "Nesse teatro, americanos e aliados enfrentam o desafio geopolítico mais significativo desde o final da Guerra Fria", escreveu O’Brien.