Pentágono enfrenta falta de verba para desenvolver sistemas hipersônicos de defesa antimíssil

Três agências do Departamento de Defesa dos EUA estão trabalhando em sistemas para detectar e interceptar armas hipersônicas.
Sputnik

Embora Rússia e China já possuam armas hipersônicas ofensivas, o Congresso norte-americano segue apenas com promessas de financiar a nova pesquisa em meio à confusão entre as agências.

Devido ao alto poder e vantagens únicas das armas hipersônicas, o Pentágono precisará instalar um sistema completamente novo apenas para detectar o lançamento de uma arma hipersônica. Além disso, os interceptadores deverão ser redesenhados para atingir mísseis super-rápidos.

O maior problema que os satélites do Sistema Infravermelho com Base no Espaço (SBIRS, na sigla em inglês) existentes enfrentam com as armas hipersônicas é que eles foram construídos para detectar lançamentos de foguetes por mísseis balísticos, que seguem uma órbita baixa antes de cair contra seus alvos.

O foguete de um veículo hipersônico desliza apenas por um período relativamente curto, após o qual utiliza supervelocidade para se deslocar até o alvo. Nos dois casos, os satélites SBIRS não conseguem captar suas assinaturas de calor contra o planeta.

Entretanto, o programa sucessor ao SBIRS também não será capaz de detectar armas hipersônicas de maneira confiável o suficiente para ajudar na interceptação no solo.

Pentágono enfrenta falta de verba para desenvolver sistemas hipersônicos de defesa antimíssil

É por isso que a Agência de Desenvolvimento (DAS, na sigla em inglês) está se unindo à Agência de Defesa de Mísseis (MDA, na sigla em inglês) e à Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, na sigla em inglês) para desenvolver um novo conjunto de sistemas, iniciado com o Sensor Espacial de Rastreamento Hipersônico e Balístico (HBTSS, na sigla em inglês).

De acordo com uma recente solicitação de proposta divulgada pela DAS, o Pentágono está em busca de algo que apoie o sistema experimental baseado em satélite para identificar mísseis que infringem a ordem na Terra.

"Ele caracterizará os cenários para uma diversidade de condições de visualização de satélite para otimizar algoritmos, operações e faixas de onda para detecção e rastreamento avançado de mísseis", aponta a solicitação de proposta.

O Pentágono pretende formar ao menos 70 satélites em baixa órbita terrestre até 2025. No entanto, o financiamento para os ambiciosos programas deixa a desejar, fazendo com que as próprias agências não tenham interesse em administrar os programas.

Segundo relatório de março do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), o Congresso estava disposto a fornecer pouco mais da metade do que a MDA buscava para os interceptadores hipersônicos e sensores de rastreamento no ano fiscal de 2020.

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