O diplomata realizou uma defesa formal do embargo junto ao Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (24), informou Reuters.
As restrições de venda de armas ao Irã, em vigor há 13 anos, expiram em outubro, nos termos do acordo nuclear de Teerã de 2015 com as potências mundiais. Rússia e China já sinalizaram que se opõem à prorrogação do embargo.
Hook e a embaixadora dos EUA na ONU, Kelly Craft, apresentarão seus argumentos para o Conselho de Segurança do órgão, formado por 15 países-membros, e defenderão o embargo em uma reunião a portas fechadas nesta quarta-feira (24).
"Observamos uma crescente distância entre Rússia com China e a comunidade internacional", disse Hook em entrevista à Reuters na noite de terça-feira (23).
"A Rússia e a China foram isoladas na (Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA) na semana passada e ficarão isoladas no Conselho de Segurança se continuarem no caminho da distopia", acrescentou Hook.
Na sexta-feira (19), AIEA solicitou permissão do Irã para acessar dois locais suspeitos de atividades com armas nucleares, bem como sua completa cooperação às inspeções. Rússia e China se opuseram a essa ação, mas não puderam bloqueá-la, enquanto no Conselho de Segurança eles têm poderes de veto.
Uma resolução do Conselho de Segurança precisa de nove votos a favor e nenhum veto dos Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido ou França para aprovação.
No início deste mês, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, pediu à Rússia e à China que resistissem às tentativas de Washington de comprometer as capacidades de defesa de Teerã.