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Especialista: Centro de Operações Espaciais representa diferença entre vencer ou perder conflito

Foi inaugurado nesta semana, em Brasília, o Centro de Operações Espaciais (COPE), que terá como atribuição operar e monitorar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), de uso civil e militar.
Sputnik

Construído em parceria com a Telebras e subordinado ao Comando de Operações Aeroespaciais, o COPE é descrito pela Força Aérea Brasileira como referência por sua complexidade e modernidade, com instalações projetadas com alto nível de segurança e disponibilidade de rede. Sua inauguração, segundo o tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, comandante da Aeronáutica, representa um marco estratégico em prol da soberania nacional na área espacial e "traz benefícios diretos e indiretos imensuráveis para toda a sociedade brasileira".

A expectativa é a de que, além do SGDC, ele possa controlar diversos satélites geoestacionários e de baixa órbita ainda a serem lançados. 

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"O COPE deve ser entendido e avaliado na atualidade como o mais sofisticado edifício público federal de caráter funcional, administrativo, em atividade", afirma Roberto Caiafa, editor do Portal InfoDefensa, especializado em questões de Defesa, em declarações à Sputnik Brasil.

O jornalista explica que o domínio do sinal de satélite para emprego militar é fundamental tanto em terra, como no mar ou no ar para os programas estratégicos das Forças Armadas brasileiras e a modernização da Defesa brasileira.

"Por exemplo, o Exército, no programa estratégico SISFRON, usa o sinal de satélite para integrar sensores, equipamentos de vigilância, tropas e centros de comando e controle para defender nossas fronteiras em tempo real", destaca Caiafa. "No programa estratégico ASTROS 2020, o sinal de satélite será vital para guiar um drone remotamente pilotado, usado pela bateria de busca e aquisição de alvos ASTROS antes deste disparar mísseis de cruzeiro a VMTC por exemplo". 

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Na Marinha, o bom uso dos sinais de satélite permitirá, segundo o especialista, manter contato constante com os submarinos convencionais e com o futuro submarino de propulsão nuclear, "além de manter os navios da esquadra constantemente conectados entre si e com as estações de comunicação em terra, o que traz uma enorme vantagem militar no mar". 

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Já no que diz respeito à Força Aérea Brasileira, os trabalhos do COPE terão impacto visível nas operações com o caça Gripen E/F, aumentando sua "consciência situacional" e a segurança nos disparos. Mas não apenas isso.

"Os drones da FAB, especialmente o Hermes 900, poderão operar a muitas centenas de quilômetros de suas bases de lançamento, coletando, classificando e retransmitindo, em tempo real, valiosas informações", diz o editor do portal InfoDefensa. 

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Em termos mais práticos, Roberto Caiafa opina que o Centro de Operações Espaciais representa para o Brasil "a diferença entre vencer ou não um conflito", uma vez que "a informação é fundamental em qualquer ato bélico da atualidade".

"Com o COPE controlando a constelação de satélites brasileiros, civis e militares, será possível as três Forças obterem dados de observação da Terra de forma mais rápida, segura e com grande qualidade, sem depender de terceiros tanto para geração das imagens quanto para sua interpretação e tratamento em Terra."  

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