Luz é vista pela 1ª vez em colisão de buracos negros

Após uma violenta colisão de buracos negros no centro da Via Láctea, um grupo de cientistas registrou pela primeira vez um grande clarão.
Sputnik

Comentando o assunto, o cientista Nicholas Ross, do Instituto de Astronomia da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, disse se tratar da colisão de dois grandes buracos negros.

"Esse resultado, o clarão óptico resultante da colisão de dois buracos negros e a pressão do gás ao redor deles, é sensacional", publicou o Daily Star citando o cientista.

Na ocasião, os buracos negros, de dimensões diferentes, se colidiram no centro da nossa galáxia, o que foi registrado por detectores de ondas gravitacionais LIGO na Louisiana, EUA, e também na Itália.

Anteriormente, observações científicas haviam chegado à conclusão de que, quando dois buracos negros se movem em espiral ao redor um do outro e acabam se fundindo, são geradas ondulações, também chamadas de "ondas gravitacionais".

Embora a teoria da gravidade de Einstein tenha previsto tal fenômeno, ele só foi registrado pela primeira vez em 2015.

Comentando o clarão observado na recente colisão, o cientista Matthew Graham, do projeto Zwicky Transient Facility (ZTF, na sigla em inglês), afirmou:

"O clarão se deu na correta escala de tempo, e no local certo de maneira a coincidir com o evento da onda gravitacional [...] Em nosso estudo, concluímos que o clarão é provavelmente o resultado de uma fusão de buracos negros, mas não podemos desconsiderar totalmente outras possibilidades."

De acordo com cientistas, buracos negros supermassivos "se escondem" no centro da maioria das galáxias, incluindo a Via Láctea.

Eles podem ser cercados por um disco de gás em movimento contendo detritos de estrelas e buracos negros menores, o que facilita a fusão entre buracos negros supermassivos e outros de menor dimensão.

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