De acordo com a pesquisa "Índice Global de Complexidade Corporativa", feita pelo TMF Group, o Brasil é o segundo país mais complexo, em uma lista de 77 nações, para se fazer negócios. O ranking é feito com base em informações de três áreas: regras, regulações e penalidades; contabilidade e impostos; contratação, demissão e pagamento de funcionários.
Os cinco países mais complexos para os negócios são: Indonésia, Brasil, Argentina, Bolívia e Grécia. Já os cinco países com o melhor quadro para os negócios são: Curação, Estados Unidos, Jamaica, Dinamarca e Ilhas Virgens Britânicas.
"A complexidade no ambiente de negócios do Brasil é impulsionada principalmente por leis contábeis e fiscais. Existem dezenas de regimes fiscais diferentes e as empresas devem cumprir três níveis de regulamentação tributária: municipal, estadual e federal. Leis diferentes se aplicam às empresas internacionais e locais que buscam se estabelecer e comercializar no Brasil", afirma o TMF Group na pesquisa.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o economista e diretor-geral do TMF Group, Rodrigo Zambon, acrescenta outros dados que dificultam a situação brasileira: "A primeira coisa que o investidor busca é estabilidade institucional e de regulação. E o Brasil vive neste momento uma certa volatilidade, principalmente na sua credibilidade institucional. Então isso é uma coisa que fica muito evidente aos olhos, é um parâmetro de decisão aos olhos do investidor."
O economista afirma que o Brasil pode se beneficiar de uma "simplificação" de suas burocracias ao unificar itens que são tratados de maneiras diferentes por diferentes esferas, como a cobrança de impostos e as sobretaxas de determinados itens.
Com a pandemia de COVID-19, a economia global sofrerá uma contração de grandes proporções. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o PIB brasileiro deve recuar 9,1% em 2020. Caso essa projeção se confirme, será a pior recessão no Brasil dos últimos 120 anos.