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Mercosul quer firmar acordo com Europa até setembro, apesar de resistências na UE

Presidente francês Emmanuel Macron ao lado do mandatário brasileiro Jair Bolsonaro durante a cúpula do G20, no Japão, em 2019
Representantes dos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai) informaram na quarta-feira (1º) os avanços no texto final do acordo comercial com a União Europeia (UE), um ano depois de concordar com Bruxelas sobre o acerto, e apesar da oposição de algumas nações.
Sputnik

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou em agosto passado que se opunha ao projeto de tratado de livre comércio entre a UE e o Mercosul ao criticar seu colega brasileiro, Jair Bolsonaro, por "mentir" para ele sobre seus compromissos com o meio ambiente. Ele reiterou na segunda-feira (29) que se opõe à assinatura de qualquer acordo com países que não respeitem o Acordo Climático de Paris.

Uma cúpula virtual reunirá nesta quinta-feira (2) os líderes do Mercosul para discutir a crise da saúde ligada ao novo coronavírus, acordos comerciais bilaterais com o Canadá, a Coreia do Sul e, em particular, a conclusão do acordo comercial com a UE.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, declarou na quarta-feira (1º) a seus pares do Mercosul que as verificações legais de um documento que rege o acordo com a UE estavam quase concluídas com as devidas "cooperação e flexibilidade" para superar as diferenças.

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"Espero que nossos coordenadores possam finalizar o texto e os anexos com os negociadores europeus após o final do verão no Hemisfério Norte para que o documento esteja pronto para assinatura", afirmou o chanceler brasileiro.

Se Bolsonaro voltou atrás em sua ameaça de retirar o Brasil do Acordo Climático de Paris, os grupos ambientais europeus ainda pedem ao bloco da UE que não ratifique um tratado comercial com o Mercosul, destacando a incapacidade do governo brasileiro de proteger a Amazônia.

Além disso, três Parlamentos europeus (Áustria, Países Baixos e o da região da Valônia, na Bélgica) anunciaram que não aprovarão o acordo com o Mercosul.

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