Um levantamento do Ministério da Economia, com dados publicados no jornal Folha de São Paulo, aponta que menos de 20% do crédito anunciado pelo governo através de programas de financiamento chegou aos empresários.
Segundo os dados anunciados, chegaram às empresas R$ 12,1 bilhões dos R$ 70 bilhões liberados.
Essa situação do crédito para empresas em meio à pandemia é alvo de críticas. O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na quarta-feira (30) no Congresso Nacional que esse processo de liberação de recursos para empresários não foi satisfatório.
Entre as razões apontadas para a retenção dos recursos estaria a precaução dos bancos diante da possibilidade de assumir riscos na concessão de crédito para as empresas, tendo em vista os efeitos econômicos da pandemia.
Desde março deste ano, em todo o país foram aplicadas medidas de isolamento social, impondo restrições ao comércio que impactaram na diminuição do consumo, como apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas em abril, a queda nas vendas no comércio chegou a 16,8% em todo o país.
As medidas de contenção da disseminação da COVID-19 no Brasil, assim como no mundo, geraram um impacto na economia. As expectativas de instituições internacionais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são de fortes quedas nas economias da maioria dos países.
O Brasil é o segundo país mais impactado pela pandemia até o momento, com mais de 1,5 milhão de casos confirmados e mais de 64 mil mortes causadas pela doença.