Conforme publicou o jornal Folha de São Paulo, a justificativa seria uma tentativa de melhorar a imagem do governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, tanto dentro do Brasil como fora do país.
O pedido de verba teria sido feito no início de junho deste ano, dois dias após anúncio de remanejamento de R$ 84 milhões do Bolsa Família para ações da Secom – medida que foi revogada poucos dias depois após repercussão negativa.
O montante solicitado pela Secom representa mais do que o dobro do valor previsto no orçamento de 2020 para a área de comunicação, por volta de R$ 138,1 milhões. O pedido argumenta que o aumento se deve à pandemia da COVID-19.
Ainda segundo o jornal, no entanto, documentos enviados à Secretaria de Governo e ao Ministério da Economia apontam que a repercussão negativa de ações do governo dentro e fora do Brasil demanda "veiculação de pautas positivas".
É diante disso que se pede a liberação de R$ 200 milhões em publicidade para ampliar propaganda em mídias regionais. Além disso, a pasta pretende quintuplicar o orçamento de relações públicas com foco no relacionamento com a imprensa. A escolha por mídias regionais seria devido a uma postura vista como mais crítica vinda de veículos nacionais.
Já para o caso da publicidade no exterior, teriam sido solicitados mais R$ 60 milhões. O pedido cita textos considerados negativos para Bolsonaro publicados em jornais como os norte-americanos The Wall Street Journal e The Washington Post, e o britânico The Guardian.