Segundo informou há dias a mídia chinesa, em 2021 haverá testes de voo de um novo tipo de aeronave de combate chinesa de baixa visibilidade, que é descrita como "um caça de nova geração". Os detalhes do novo desenvolvimento ainda não foram divulgados.
As últimas informações sobre testes da nova aeronave sugerem que a China está trabalhando ativamente para aumentar seu potencial em aviação de combate, segundo disse à Sputnik China o especialista militar russo Vasily Kashin.
"Antes de tudo, se trata de novas modificações das famosas plataformas J-20 e FC-31 [também conhecida como J-31 ou J-35], bem como de veículos não tripulados de vários tipos. A China também tem trabalhado nos últimos anos em uma nova geração de aeronaves de combate, a quinta, segundo a classificação chinesa, ou sexta, pela classificação internacional."
Estão sendo feitos trabalhos para tentar melhorar os aviões J-31, que têm sido testados há muitos anos, e também no J-20, onde é possível que haja novos motores e aviônicos melhorados.
A China também vem trabalhando em um promissor caça de decolagem e pouso vertical há vários anos, provavelmente com base na plataforma do FC-31.
Além disso, já foram lançados à água e estão sendo concluídos dois grandes navios universais de desembarque chineses do Type 075, com 40 mil toneladas de deslocamento, que devem se tornar parte da Marinha chinesa até 2023-2024 depois de se concluírem os testes.
Assim, a China teria três porta-aviões leves adicionais, com mais capacidade de aeronaves que os porta-aviões ligeiros japoneses da classe Izumo, antigos destróieres porta-helicópteros.
"Dado o possível início dos testes de voo do avião de decolagem vertical em 2021 e a necessidade de quatro a cinco anos para estes testes, a aeronave poderia estar pronta para produção logo após os três navios do Type 075, que estão em diferentes estágios de construção (incluindo os dois já lançados à água), estarem prontos para uso", comenta Kashin.
Exportação militar
O novo tipo de aeronave também poderá impulsionar a China a enviar de tropas ao exterior, devido às más relações com Washington.
"Por exemplo, a base chinesa em Djibuti não tem sua própria pista de decolagem completa", refere o especialista. "No entanto, possui uma plataforma bastante espaçosa para helicópteros, que será capaz de acomodar, se necessário, possíveis caças de decolagem vertical."
Por fim, o novo avião chinês tem um potencial de exportação significativo, particularmente entre países de média e grande dimensão, que estão agora prontos para adquirir embarcações universais de desembarque anfíbio, e que em alguns casos poderiam ser usadas como porta-aviões leves.
Aeronaves de sexta geração estão sendo desenvolvidas em muitos países, mas seus testes de voo ainda estão em um futuro distante.