"Este governo está comprometido com o Reino Unido ser uma força cada vez mais forte para o bem no mundo", disse Raab em discurso ao Parlamento. "Vamos responsabilizar os autores dos piores abusos dos direitos humanos."
São 49 grupos e cidadãos da Rússia, Arábia Saudita, Coreia do Norte e Mianmar sancionados.
As sanções são baseadas na "Emenda Magnitsky", legislação de 2018 que permite ao governo sancionar violadores de direitos humanos. As regras britânicas são inspiradas em legislação semelhante aprovada pelos Estados Unidos. O nome da lei é uma homenagem a Sergei Magnitsky, um contador russo que morreu em uma prisão russa depois de ser acusado de um esquema de fraude fiscal. A imprensa afirmou na ocasião que Magnitsky era um delator que denunciou casos de corrupção. Barack Obama, então presidente dos Estados Unidos, aprovou a lei que proibiu oficiais russos acusados de participação na morte de Magnitsky de visitar ou usar o sistema bancário dos Estados Unidos.
A Rússia sustenta que houve intenção maliciosa ou negligência criminal envolvida na morte de Magnitsky. Em uma entrevista de 2013, o presidente Vladimir Putin enfatizou que "não houve tortura, como já foi dito, não havia mais nada que exigiria a acusação de funcionários. O caso está encerrado".
"Aqueles com sangue nas mãos não estarão livres... para entrar neste país, comprar propriedades na Kings Road, fazer compras de Natal em Knightsbridge ou desviar dinheiro sujo pelos bancos britânicos", afirma Raab.
As sanções atingem 25 autoridades russas acusadas pelo Reino Unido de envolvimento na morte de Magnitsky, indivíduos acusados de participação no assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi e acusados de envolvimento na violência contra a minoria rohingya em Mianmar. Também foram sancionadas duas entidades por sua suposta participação na operação de prisões na Coreia do Norte.