O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (7) estar com COVID-19.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) os infectados podem transmitir o vírus nos seis dias anteriores ao aparecimento dos sintomas. Bolsonaro, por outro lado, afirmou ter sentido febre na segunda-feira (6). Durante toda a semana anterior o chefe de Estado realizou uma série de reuniões e recebeu políticos e autoridades.
Bolsonaro se reuniu com ministros do governo federal, secretários e parlamentares, de acordo com sua agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto. O presidente também almoçou com o embaixador dos Estados Unidos e visitou Santa Catarina.
A OMS recomenda 14 dias de isolamento social e afastamento do local de trabalho para quem tiver contato próximo com pessoa infectada. Em nota, no entanto, o Planalto somente orientou os servidores a buscar serviço médico quando tiverem sintomas. A Presidência acrescentou que o "simples contato" com infectados não é o suficiente para o afastamento .
"Não há protocolo médico, seja do Ministério da Saúde ou da OMS, que recomende medida de isolamento pelo simples contato com casos positivos. A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à Covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", afirmou o Planalto em nota, citada pelo portal G1.
A Presidência citou a instrução normativa do Ministério da Economia editada em 12 de março, que estabelece orientações para servidores civis da administração federal. O documento não menciona afastamento de servidor por ter contato com infectados pelo coronavírus.
Por outro lado, uma portaria conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério da Economia, publicada no mês de junho, diz que o afastamento de infectados e de seus contatos deve ser obrigatório.
Segundo a Presidência, até o dia 3 de julho, 108 dos 3400 servidores do Planalto tiveram COVID-19, e 77 já se recuperaram, sendo que mais de 90% foram assintomáticos ou apresentaram sintomas leves.
A Secretaria-Geral da Presidência informou que o Palácio do Planalto passou por desinfecção.