Márcia estava foragida desde o dia 18 de junho e já cumpre prisão domiciliar ao lado do marido, na região de Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro. Queiroz deixou a penitenciária de Gericinó, também no Rio de Janeiro, na noite da sexta-feira (10).
Queiroz permanecia preso desde o dia 18 de junho após ser detido pela polícia em Atibaia, interior de São Paulo, na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
Na quinta-feira (9), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, acatou um pedido da defesa de Queiroz solicitando prisão domiciliar para o ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Tanto Queiroz como Aguiar usarão tornozeleiras eletrônicas e serão submetidos a restrições de comunicação.
Nesse sentindo, linhas telefônicas fixas serão desligadas e celulares deverão ser entregues às autoridades, da mesma forma como eletrônicos como computadores, tablets e notebooks. Queiroz e a esposa poderão ter contatos com familiares próximos, profissionais de saúde e advogados autorizados.
A concessão de Noronha foi justificada pelas condições de saúde de Fabrício Queiroz, em atendimento às recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O CNJ sugere que indivíduos com determinados quadros de saúde não sejam mantidos em presídios devido à pandemia da COVID-19.
Apesar disso, conforme publicou o jornal Folha de São Paulo, a decisão é considerada inusitada e especula-se que Noronha trabalha para ser indicado pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Fabrício Queiroz é investigado por ser supostamente operador de um esquema conhecido como "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). Segundo apura o Ministério Público do Rio de Janeiro, 11 assessores do filho do presidente Bolsonaro, então deputado estadual, repassaram ao menos R$ 2 milhões a Queiroz.