Nomeada Plataforma Antirracista nas Eleições (PANE), a iniciativa pretende reunir ações e ferramentas desenvolvidas pelo instituto e organizações parceiras para mover as estruturas do sistema político no Brasil, com foco inicial no pleito municipal deste ano.
"Pandemia, crescimento do fascismo, primeiras eleições municipais após o assassinato de Marielle e após o levante negro mundial. Essas eleições municipais serão as mais desafiadoras das últimas décadas. O que estamos vivendo hoje é a consequência de problemas históricos", afirma o instituto em nota enviada à Sputnik Brasil.
"Na plataforma, nós vamos pressionar para que os partidos possam de fato garantir recursos para viabilizar candidaturas negras em todas as cidades", explica Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco e irmã da vereadora assassinada em um atentado realizado contra ela e o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018.
Acusado de matar Marielle é indiciado por tráfico de armas
Também nesta segunda-feira (13), o policial militar reformado Ronnie Lessa, preso pela execução de Marielle e Anderson, foi indiciado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) do Rio de Janeiro por tráfico internacional de armas.
De acordo com o jornal O Globo, a investigação apurou que Lessa e sua filha, Mohana Figueiredo, também indiciada, mantinham um esquema internacional criminoso desde 2014, envolvendo três países. O ex-PM comprava peças da China, pela Internet, que eram enviadas diretamente para os Estados Unidos, onde Mohana morava e se encarregava de fraudar a identificação dos produtos antes de mandá-los para o Brasil. Chegando aqui, Lessa montava as armas e as distribuía para milicianos e traficantes do Rio de Janeiro.