Marinha britânica falha na introdução de novo torpedo por não possuir submarinos capazes de testá-lo

A introdução de um novo torpedo da Marinha Real britânica, que tinha como objetivo "corresponder" às capacidades dos submarinos chineses e russos, foi adiada devido à ausência de embarcação capaz de dispará-lo.
Sputnik

A situação é tão grave que, segundo o portfólio anual de projetos do Ministério da Defesa britânico, a "entrega exitosa do projeto parece ser inatingível". Além disso, o relatório revela que o Ministério da Defesa do Reino Unido vai vender os seus 3.200 veículos blindados de transporte militar para diminuir despesas, escreve Daily Express.

Comprados por 2,5 bilhões de libras esterlinas (R$ 16,78 bilhões) os blindados Mastiff, Ridgeback, Husky e Wolfhound vão ser substituídos por 500 veículos Boxer a um custo de 1 bilhão de libras (R$ 6,7 bilhões).

A falta de submarinos equipados com torpedos significa que o já bastante adiado lançamento inaugural do porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth pode ser suspenso mais uma vez.

O primeiro destacamento operacional desta embarcação é planejado para 2021, no Extremo Oriente. Em consequência disso, a Marinha britânica se vê obrigada a preparar dois submarinos de ataque em tempo recorde, a fim de proporcionar ao porta-aviões proteção adicional.

Marinha britânica falha na introdução de novo torpedo por não possuir submarinos capazes de testá-lo
A aquisição dos mísseis Spearfish, que são avaliados em 227 milhões de libras esterlinas (R$ 1,52 bilhão), deveria ter sido concluída no início de 2020, mas, devido a exigências operacionais, a Marinha Real foi incapaz de fornecer um submarino da classe Astute para conduzir testes de lançamento ou até mesmo um navio de guerra para monitorizar o processo.

Vale destacar que o chefe do Estado-Maior britânico, general Nick Carter, vem sendo criticado pela sua "atabalhoada" política de aquisição após ter admitido que as decisões de venda dos veículos foram tomadas antes de o Reino Unido ter se pronunciado sobre os seus interesses estratégicos em uma revisão integrada.

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