Embora os sistemas russos de guerra eletrônica Krasukha-2 e Krasukha-4 tenham completado com sucesso os testes estatais e provado sua eficácia na Síria, especialistas continuaram aperfeiçoando o sistema com o desenvolvimento do aparelho mais recente – Krasukha-20.
O trabalho prosseguiu em duas direções: aumentar o alcance do sistema e melhorar tanto sua mobilidade como a compacidade. Se o Krasukha-4, de acordo com fontes abertas, tem um alcance de aproximadamente 300 km, o sistema mais recente tem cerca de 400 km.
Um dos objetivos principais do sistema é proteger das estações de radar inimigas, postos de comando, posições de defesa antiaérea, áreas de concentração de tropas e outros locais sensíveis.
O sistema aprimorado detecta e classifica o tipo de sinal, capta e acompanha sua fonte de emissão e, se necessário, suprime-o. Como resultado, o radar do adversário "fica cego" e se torna incapaz de dar indicações aos meios de ataque.
Segundo especialistas, o sistema modernizado de guerra eletrônica consegue seriamente dificultar o funcionamento das aeronaves de vigilância equipadas com o Sistema Aéreo de Alerta e Controle (AWACS, na sigla em inglês).
As interferências emitidas pelo sistema russo a uma distância de centenas de quilômetros não permitirão que o AWACS consiga dar indicações e guiar os caças para efetuar o ataque.
Sem o apoio de AWACS os aviões furtivos F-22 Raptor e F-35 Lightning II não conseguirão atacar seus alvos, já que eles desativam seus próprios radares para se tornarem "invisíveis".
Além disso, de acordo com especialistas nesta área, o novo sistema russo supera as capacidades dos sistemas semelhantes em serviço dos exércitos da OTAN, entre eles o análogo do Krasukha elaborado nos EUA – o veículo tático de guerra eletrônica (EWTV).