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Até Brasil resolver questão fiscal e COVID-19, recessão na América Latina continuará, diz agência

A recessão histórica na América Latina deve continuar até que o Brasil, principal economia da região, comece a resolver um sério déficit fiscal que encabeça a lista de problemas, juntamente com a persistente pandemia do novo coronavírus.
Sputnik

As expectativas de uma recuperação moderada em 2021 refletem um alto senso de cautela sobre um possível retorno à disciplina fiscal, um requisito essencial para qualquer melhoria no clima dos negócios, à medida que a crise da saúde aprofunda os problemas econômicos há muito entrincheirados.

O número de mortos pelo novo coronavírus na América Latina excedeu o total da América do Norte pela primeira vez desde o início da pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil se contrairá 6,4% em 2020, quase a mesma previsão da última pesquisa, realizada em maio, de acordo com a estimativa mediana de 45 economistas pesquisados ​​de 6 a 13 de julho. Mas as projeções para o México e a Argentina foram revisadas bruscamente, obscurecendo as perspectivas regionais.

Até Brasil resolver questão fiscal e COVID-19, recessão na América Latina continuará, diz agência
"Se levar mais tempo para controlar efetivamente a pandemia, o risco é de que os gastos continuem a subir", afirmou Roberto Secemski, economista do Barclays em Nova York, à Agência Reuters.

Com a promessa de que o afastamento da austeridade será temporário, o governo do presidente Jair Bolsonaro agora prevê um déficit primário recorde de 11,5% do PIB este ano. O grande tamanho do desequilíbrio gera prudência entre os analistas.

"Embora as tensões políticas tenham diminuído nas últimas semanas, não estamos convencidos de que as condições para avançar com reformas ousadas para atender aos gastos obrigatórios sejam garantidas", acrescentou Secemski.

As perspectivas para o México pioraram significativamente, já que a atividade econômica deve despencar 9%, em comparação com uma perda estimada de 5,1% do PIB em abril. A segunda maior economia latino-americana está sitiada em várias frentes, tanto domésticas quanto externas.

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