Rússia rejeita alegações de Londres sobre ciberataques à vacina, diz porta-voz do Kremlin

No mês passado, o chefe da agência de espionagem GCHQ disse que os agentes de inteligência do Reino Unido detectaram uns meses antes vários ciberataques à infraestrutura da saúde do país, associando os ataques a tentativas de roubar segredos sobre uma vacina contra a COVID-19.
Sputnik

Rússia rejeita as acusações do Reino Unido de ter participado dos ciberataques às organizações que trabalham no desenvolvimento da vacina contra coronavírus, disse o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov.

"Consideramos tais acusações intoleráveis ", acrescentou Peskov.

Nesta quinta-feira (16), o Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido (NCSC, na sigla em inglês) acusou hackers ligados à Rússia de tentativas de se apropriarem de dados sobre desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus.

"Agentes cibernéticos russos estão atingindo organizações envolvidas no desenvolvimento da vacina contra o coronavírus, revelaram autoridades de segurança do Reino Unido", informa o NCSC.

A entidade britânica alegou também que o grupo APT29, conhecido também como The Dukes ou Cozy Bear, operou "quase certamente" como parte integrante dos serviços secretos russos.

Após uma declaração conjunta dos serviços de cibersegurança britânicos, canadenses e dos EUA, o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, alertou os serviços secretos russos contra tentativas de atingir a pesquisa relacionada à pandemia da COVID-19.

"É totalmente inaceitável que os serviços secretos russos atinjam aqueles que trabalham no combate à pandemia do coronavírus", disse Raab, informa Reuters.

Moscou nega as alegações, defendendo que o Reino Unido não apresentou nenhuma prova de alegados ciberataques de hackers russos contra laboratórios que trabalham no desenvolvimento da vacina contra o coronavírus.

 

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