A composição da atmosfera do planeta, bem como a temperatura extrema (que pode cair para 153 graus Celsius negativos) e a radiação cósmica tornam a superfície de Marte extremamente inóspita. Por isso, se alguém procura sinais de vida e civilizações extraterrestres no Planeta Vermelho, deve começar sob sua superfície rochosa, sugere Phillips-Lander.
"Se houver vida, provavelmente será melhor preservada sob a superfície", afirmou.
Além disso, os cientistas acreditam que a NASA precisa enviar um robô de escalada para estudar os túneis em Marte em um futuro próximo, observando que o progresso tecnológico tornará essa missão possível na próxima década, segundo o tabloide britânico The Sun.
A alegação de Phillips-Lander foi seguida pelo cientista planetário Pascal Leem, do Centro de Pesquisa Ames da NASA, na Califórnia.
"Em Marte e em outros lugares, os túneis de lava têm o potencial de fazer a diferença entre a vida e a morte" afirmou Leem.
Estes túneis (ou tubos) surgem nas encostas de vulcões quando, durante uma erupção, a lava busca seu caminho para a superfície. Quando a lava deixa de correr e se resfria, o que resta são túneis vazios e endurecidos.
Marte tem atraído o interesse dos astrônomos desde o século XIX, quando esta espécie de canais na superfície foi observada pela primeira vez, levando à especulação de que o quarto planeta mais próximo do Sol poderia ter hospedado vida extraterrestre.
Daqui a 11 dias, a NASA enviará o veículo espacial Perseverance ao Planeta Vermelho, com o objetivo de esclarecer muitos mistérios em torno de Marte.
Os pesquisadores esperam que o veículo espacial, que deve pousar na superfície do planeta em fevereiro de 2021, ajude a entender os processos climáticos que transformaram Marte em um planeta inabitável, a composição da sua superfície e se ele já hospedou vida.