Por meio do Twitter, Camargo afirmou que o "saldo" do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) era a "piora do racismo" nos Estados Unidos. Ele chamou o movimento de "lixo esquerdopata" e os integrantes do grupo de "pretos raivosos".
Depois, em outra publicação, ele retornou ao tema e disse que o Black Lives Matter praticava "covardes agressões" e era "um dos movimentos mais violentos e hipócritas já criados pela esquerda".
Fundado em 2013, o grupo ganhou força após a morte do afro-americano George Floyd em Minneapolis, em 25 de maio, por um policial branco. O assassinato provocou uma onda de protestos antirrascistas nos Estados Unidos e em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.
Opositor do movimento negro
Sérgio Camargo é um crítico do movimento negro, a quem já chamou de "escória maldita". Ele também nega o papel histórico desempenhado pelo líder quilombola Zumbi dos Palmares, que dá nome a fundação que ele preside.
Em tuíte fixado em seu perfil, Camargo diz que "negros são livres" e não precisam de "movimento", "esmola estatal" e "cota racial". No passado, afirmou que a escravidão tinha sido "benéfica" para os descendentes e que o Dia da Consciência Negra deveria ser abolido.
Jornalista, Sérgio Camargo foi nomeado para o cargo em novembro de 2019. Ele teve a nomeação suspensa pela Justiça por desvio de finalidade, mas retornou à presidência da Fundação Palmares em fevereiro de 2020, após liberação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Em maio, o órgão voltou a recusar pedido de afastamento.