Trump anuncia novo envio de forças federais para cidades democratas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje (22) o envio de agentes federais para comunidades do país que, segundo ele, estariam enfrentando surtos de crimes violentos em seus territórios.
Sputnik

A medida faz parte de uma iniciativa do governo denominada Operação Legend, que, coincidentemente ou não, tem como alvo cidades americanas administradas por opositores, membros do Partido Democrata

​"Hoje, estou anunciando uma onda de aplicação da lei federal nas comunidades americanas atormentadas por crimes violentos. Trabalharemos todos os dias para restaurar a segurança pública, proteger as crianças de nossa nação e levar criminosos violentos à justiça".

Os primeiros destinos dessa nova onda de envio de forças federais deverão ser as cidades de Chicago e Albuquerque, que, assim como Portland, onde agentes federais estão atuando para supostamente proteger prédios públicos, como parte de outra operação, no contexto dos protestos contra o racismo e a violência policial, também têm uma liderança democrata. 

​Trump admite que seu aumento na aplicação da lei é um golpe, alegando que todas as cidades com problemas de violência são dirigidas por democratas. Ele continuou dizendo que fez um trabalho incrível na pandemia.

A Operação Legend foi lançada no início deste mês em Kansas City, Missouri, e nomeada em homenagem a LeGend Taliferro, criança morta após ser baleada em sua própria casa, enquanto dormia, por motivos ainda desconhecidos.

Ao menos 15 prefeitos de grandes centros urbanos americanos assinaram uma carta enviada à Procuradoria-Geral dos EUA e ao Departamento de Segurança Interna pedindo que o governo pare de enviar forças federais para as cidades do país sem a solicitação das administrações locais, alegando que a medida caracterizaria uma ação típica de regimes autoritários. 

"Os oficiais federais não foram treinados para o policiamento comunitário urbano, incluindo técnicas de gestão crítica de multidões e desescalada. Não há supervisão das ações das forças federais", escreveram os prefeitos, citados pelo The Guardian.

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