Indonésia segue com compra de Su-35 russos, apesar das ameaças de sanções dos EUA, diz diplomata

Jacarta ainda está comprometida com um acordo de 2018 de compra de caças russos Su-35, apesar das ameaças de sanções dos EUA, garantiu o embaixador indonésio em Moscou, Mohamad Wahid Supriyadi.
Sputnik

"Ainda está acontecendo", declarou Supriyadi quando perguntado sobre o status do acordo, acrescentando que a Indonésia é um país independente e tem o direito de comprar equipamentos de defesa de quem escolher.

"Entendemos que há alguma preocupação de um determinado país, mas somos um país independente. Temos equipamentos militares comprados de muitos países. Podemos obtê-los dos EUA, da Europa, e também da Rússia. Cabe a nós decidir", observou o diplomata.

A agência de notícias Bloomberg, citando fontes do governo do presidente norte-americano Donald Trump, afirma que em março deste ano a ameaça de sanções americanas havia forçado Jacarta a abandonar o acordo. Apesar dessas alegações, o embaixador garantiu que ainda está em vigor o acordo de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) em que a Rússia entregará 11 caças Su-35 à Indonésia.

Helicópteros russos Mi-17

O Ministério da Defesa indonésio também está avaliando a possibilidade de comprar helicópteros militares russos Mi-17.

"As Forças Armadas indonésias também utilizam 12 helicópteros russos Mi-17B5 e cinco Mi-35. Uma proposta para a compra de helicópteros Mi-17B5 está atualmente em processo no Ministério da Defesa da Indonésia", afirmou o embaixador.

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Segundo Supriyadi, Jacarta e Moscou também estão trabalhando para completar um acordo de 2019 de entrega de tanques russos para a Indonésia.

De olho na 1ª usina nuclear da Indonésia

Uma proposta detalhada, produzida pela empresa nuclear estatal russa Rosatom para a construção da primeira usina nuclear da Indonésia, está sendo examinada por autoridades de Jacarta.

"A Rosatom já elaborou uma proposta em detalhes sobre o estabelecimento da primeira usina nuclear na Indonésia", ressaltou Supriyadi.

A província indonésia de Kalimantan Ocidental, na ilha de Bornéu, foi proposta como o local potencial para a usina nuclear.

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