Lodo após receber a presidência temporária do Mercosul, o presidente do Uruguai defendeu a necessidade de acelerar a agenda comercial externa do bloco, tanto em direção ao Atlântico como ao Pacífico, independentemente das tensões entre EUA e China.
Analisando a questão, em entrevista à Sputnik Mundo, o economista Óscar Fernández-Guillén comentou:
"A afirmação tem sido inteligente dado que o papel da China, tanto na agenda externa do Mercosul como no comércio internacional em geral, é absolutamente indiscutível."
Nesse sentido, o gigante asiático é hoje o primeiro sócio comercial do Mercosul, seguido pelos EUA, "motivo pelo qual não há motivo para tomar partido e escolher um dos lados", disse o analista em comércio internacional.
Por sua parte, apesar da conjuntura adversa da pandemia, "foi muito interessante o que fez o Mercosul com a região da Ásia-Pacífico, já que é a única que representou uma tendência de alta do ponto de vista comercial", agregou.
Ásia representa muitas oportunidades para América do Sul
Desde o ponto de vista das relações econômicas, a Ásia representa importantes oportunidades. Assim, é importante manter o diálogo com a China, apesar da disputa comercial com os EUA.
Em relação ao Cone Sul, "a estrutura comercial indica que o futuro do comércio e a reativação econômica vão depender das transações com a Ásia-Pacífico em geral e com a China em particular", concluiu Fernández-Guillén.