Um dos nomes que deixa o gabinete do presidente é o ministro do Interior, Gonzalo Blumel, em meio a uma forte crise política do Executivo após uma disputa com as forças dominantes no Congresso. O substituto de Blumel é o advogado Víctor Pérez Varela.
A figura de Blumel foi fortemente enfraquecida após a aprovação na semana passada da lei que permite a retirada antecipada de 10% dos recursos guardados nos fundos de pensões do país durante a emergência sanitária provocada pela pandemia. O governo federal era contra a medida, mas foi derrotado em votação da Câmara do Chile.
Piñera também trocou outros três ministros: Alberto Espina, que deixa o Ministério da Defesa; Teodoro Ribera, que sai do Ministério de Relações Internacionais, e Claudio Alvarado, que sai da Secretaria-Geral do Ministério da Presidência.
Os novos ministros são: Mario Desbordes (Defesa), Andrés Allamand (Ministério de Relações Internacionais) e Cristián Monckeberg (Secretaria-Geral do Ministério da Presidência).
Esta é a quinta mudança maciça de gabinete que Piñera faz durante seu mandato, sem contar com a demissão de outros ministros que deixaram seus cargos individualmente, como o ministro da Saúde Jaime Mañalich, que deixou o governo em junho por sua questionada gestão da pandemia.