Um grupo de cientistas determinou o local de origem dos megálitos de Stonehenge, localizado no condado britânico de Wiltshire, segundo estudo publicado na quarta-feira (29) na revista Science Advances.
A equipe analisou blocos de arenito, denominados sarsens, de 20 diferentes sítios no sul do Reino Unido e comparou a sua composição química com os dados químicos, previamente obtidos, das pedras de Stonehenge. O estudo concluiu que 50 dos 52 sarsens de Stonehenge, provavelmente, são procedentes do bosque de West Woods, a 25 quilômetros do famoso monumento.
"Não estávamos nos preparando para encontrar a origem de Stonehenge [...] Escolhemos 20 áreas e nosso objetivo era eliminá-las consecutivamente, para encontrar as que não coincidiam. Não pensávamos que conseguiríamos uma coincidência direta", ressaltou.
Além disso, os cientistas tentaram reconstruir as possíveis rotas pelas quais os megálitos, de aproximadamente 20 toneladas e sete metros de altura, foram transportados há 4.500 anos pelos criadores de Stonehenge até o lugar da construção na planície de Salisbury. Ainda não se conhece a forma como os enormes blocos de pedra chegaram até o local.
A equipe determinou que as pedras menores do monumento, de tom azulado, não são de origem local, procedendo das colinas Preseli, na região oeste do País de Gales, a quase 320 quilômetros de Stonehenge.
"Ser capaz de identificar a área que os construtores de Stonehenge utilizaram para obter seus materiais em torno de 2500 a.C. é verdadeiramente emocionante [...] Agora podemos começar a compreender a rota que poderiam ter percorrido e adicionar outra peça ao quebra-cabeças", afirmou Susan Greaney, historiadora principal do English Heritage, citada pelo The Guardian.