Segundo publicou o jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro fez a afirmação durante um passeio de cerca de uma hora, em Brasília. O presidente brasileiro acrescentou que cobrou o ministro Guedes para que deixe claro que o imposto não seria novo, mas sim um substituto de outro tributo. Bolsonaro também afirmou que não tem previsão para o envio da segunda etapa da reforma tributária.
Ainda segundo o jornal, o presidente já havia dado seu aval para as discussões da criação da nova CPMF em conversa com Guedes na sexta-feira (31), porém nos bastidores. Bolsonaro acredita que terá dificuldades de receber apoio ao novo imposto no Congresso e que, caso seja aprovada, a medida trará consequências negativas para a imagem do governo.
Entre as ideias para viabilizar a criação do chamado imposto sobre transações digitais, o Ministério da Economia especula desonerar em até 25% a folha de pagamentos das empresas em todas as faixas salariais.
A proposta encontra resistência entre congressistas e chegou a ser ironizada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante um seminário virtual da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o jornal Folha de São Paulo. Maia sugeriu durante o debate que era possível que o governo criasse "um nome em inglês para o imposto ficar bonito".
Em 2019, a polêmica em torno do novo imposto chegou a derrubar o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que foi demitido por Bolsonaro após proposta de nova CPMF.