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Sargento preso com 37 kg de cocaína em comitiva de Bolsonaro ainda recebe salário da FAB, diz site

Aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) (foto de arquivo)
O sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Manoel Silva Rodrigues, preso desde junho de 2019 na Espanha, continua como um quadro da ativa na instituição e segue recebendo salário.
Sputnik

A informação foi publicada neste domingo (2) pelo site UOL, que revelou a situação através de levantamento junto ao Portal da Transparência. Segundo o site, o sargento recebe R$ 8,1 mil por mês e desde a prisão na Espanha recebeu R$ 97,5 mil reais em salários, verbas indenizatórias e gratificações.

Rodrigues é réu no Brasil por tráfico de drogas em valor estimado em R$ 6,3 milhões, conforme aponta o site, com informações do Ministério Público Militar. A publicação mostra ainda que não houve pedido de bloqueio na Justiça Militar e que o processo de exclusão do sargento da FAB já foi aberto, mas demanda o trânsito em julgado das acusações para ser concluído.

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O sargento foi preso em junho de 2019 em meio à comitiva que acompanhava o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante viagem à cúpula do G20. Rodrigues viajava em uma aeronave de apoio e não estava junto com o presidente. A cocaína foi encontrada pela Guarda Civil da Espanha na bagagem do sargento da FAB durante uma vistoria no aeroporto de Sevilha. À época, os espanhóis disseram ter encontrado 39 kg, mas a investigação no Brasil apontou que eram 37 kg, quantidade considerada na denúncia brasileira.

Rodrigues foi condenado na Espanha a seis anos de prisão com multa fixada de dois milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões). No Brasil, a promotoria, através da Lei de Drogas, pede pena de 15 anos de prisão para o sargento por tráfico de drogas. O período pode aumentar em dois terços em função do delito internacional e pelo fato de Rodrigues ter tirado vantagem de seu cargo. Ainda segundo o site, dentro do código penal militar a pena máxima é de cinco anos para o crime.

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