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Deputada brasileira descendente de libaneses recebeu notícia da explosão com 'tristeza e horror'

Uma forte explosão na região portuária da cidade de Beirute, capital do Líbano, nesta terça-feira (4) deixou mais de 100 pessoas mortas e cerca de quatro mil feridos.
Sputnik

A explosão no porto causou destruição em larga escala e quebrou o vidro de janelas a quilômetros de distância.

A suspeita é que o acidente tenha partido de um armazém que guardava nitrato de amônio.

A notícia da explosão deixou a comunidade libanesa no Brasil preocupada. Em entrevista à Sputnik Brasil, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), descendente de libaneses, disse que se sentiu angustiada e triste quando recebeu a notícia.

"Eu sou descendente de libanês, meu pai era libanês, veio para o Brasil com 18 anos, minha mãe também era filha de libanês, então os avós, tanto maternos quanto paternos, eram libaneses. Tenho família no Líbano, portanto, recebi a notícia com angústia, com tristeza, com horror porque as imagens foram muito fortes. A comunidade libanesa, pelos relatos e pelos depoimentos de todas as redes sociais, recebeu com o mesmo sentimento, estarrecimento e horror", afirmou.

Feghali destaca o fato de que a explosão ocorreu em um momento em que o Líbano passava por diversas dificuldades políticas e econômicas.

"É um país que já enfrentou guerras, atentados, já se reconstruiu muitas vezes, é um povo muito guerreiro de muitas reconstruções, é um país incrível e agora essa explosão obviamente joga ainda mais profundamente a crise econômica e social para uma situação muito dramática", lembrou.

Segundo Jandira Feghali, o governo libanês fez um comunicado pedindo ajuda a todos os países através de um fundo para arrecadar doações de alimentos e outros insumos.

"Houve um comunicado de lá, criando um fundo de ajuda financeira, pedindo a diversos países ajuda financeira, ajuda de alimentos, ajuda médica, ajuda de material de construção civil, ajuda de equipamentos de reconstrução do porto. Não será fácil a logística, até a chegada da ajuda desses materiais e alimentos não será fácil porque a logística está muito dificultada", completou.
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