Novas observações do exoplaneta K2-25b realizadas com o telescópio WIYN, no Observatório Nacional de Kitt Peak (KPNO, na sigla em inglês), Arizona, e com o telescópio Hobby-Eberly, no Observatório McDonald, Texas, ambos nos EUA, levantam dúvidas sobre as teorias atuais acerca da formação de planetas, uma vez que o exoplaneta é incomumente denso para o seu tamanho e a para a sua idade. Os resultados das observações foram publicados na revista científica The Astronomical Journal.
O K2-25b orbita uma estrela anã no aglomerado estelar aberto de Híades, localizado na constelação de Touro. O sistema solar do K2-25b tem aproximadamente 600 milhões de anos e está localizado a cerca de 150 anos-luz da Terra.
As teorias atuais defendem que um planeta gigante se forma primeiro montando um modesto núcleo de gelo e rocha de cinco a dez vezes a massa da Terra e, em seguida, envolvendo-se em um enorme invólucro gasoso com centenas de vezes a massa da Terra. O resultado é um gigante de gás como Júpiter.
Todavia, o K2-25b quebra todas as regras: o exoplaneta é 25 vezes maior que a Terra, possui um tamanho modesto, pouco menor do que Netuno, é quase todo núcleo e quase nada gasoso ao redor. Essas propriedades anormais apresentam dois quebra-cabeças para os astrônomos. Primeiro: como o K2-25b criou um núcleo tão grande, muitas vezes o previsto pela teoria? Segundo: com seu núcleo massivo – e, consequentemente, forte força gravitacional –, como evita acumular um significativo invólucro gasoso?
"O K2-25b é incomum", garante Gudmundur Stefansson, líder da pesquisa e pós-doutorado na Universidade de Princeton, EUA. "O planeta é denso por seu tamanho e idade, em contraste com outros planetas jovens do tamanho de Netuno que orbitam perto de sua estrela hospedeira […] O K2-25b, com as medidas em mãos, parece ter um núcleo denso, rochoso ou rico em água, com um invólucro fino", explica Stefansson ao portal Phys.org.