Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), foram fechados 8,98 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior (entre janeiro e março).
No trimestre encerrado em março, a taxa foi de 12,2%, ou seja, a alta do desemprego foi de 1,1%. O aumento da desocupação no país ocorre devido à perda de empregos causada pela pandemia do coronavírus.
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a alta do desemprego é de 1,3%.
Menor número de ocupados desde 2012
O número de ocupados no país é agora o menor desde 2012, quando foi iniciada a série histórica. A queda nesse índice foi de 9,6% em relação ao trimestre encerrado em março. O recorde anterior tinha ocorrido no trimestre encerrado em maio (entre fevereiro e abril), quando a taxa caiu 8,3%.
Apesar da alta do índice de desemprego, o número de pessoas desempregadas apresenta estabilidade. No trimestre anterior, era de 12,9 milhões de pessoas, e no mesmo período do ano passado, 12,8 milhões. A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explicou, segundo publicado no portal G1, que isso ocorreu porque houve uma redução da força de trabalho.
"Essa taxa é fruto de um percentual de desocupados dentro da força de trabalho. Como a força de trabalho sofreu uma queda recorde em função da redução no número de ocupados, a taxa cresce percentualmente mesmo diante da estabilidade da população desocupada", disse ela.
A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é realizada em 211.344 casas, em cerca de 3.500 municípios. A entidade considera desempregado quem não tem trabalho e não procurou ocupação nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.