'Como cataplasma para um morto': epidemiologista russo comenta 'recomendações' para coronavírus

Aleksandr Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, da Rússia, comentou relatos sobre recomendações no tratamento contra a COVID-19.
Sputnik

Atualmente, apenas os anticorpos podem aliviar o estado de um paciente com coronavírus, eles são injetados por via intravenosa, o resto é como "um cataplasma para um morto", disse Gintsburg.

Anteriormente, houve relatos na mídia de que o estado de pacientes com coronavírus poderia ser aliviado por uma alta concentração da enzima ACE2, que pode ser encontrada em vinhos, amendoins, pistache e cacau.

"O estado do paciente, posso dizer honestamente, pode atualmente ser aliviado apenas por anticorpos, respectivamente, de um certo tipo para este vírus, nada mais. E tudo o resto é, por assim dizer […] como cataplasma para um morto", disse.

Segundo Gintsburg, trata-se de anticorpos na forma concentrada – plasma ou medicamento – de anticorpos monoclonais obtidos para certas estruturas superficiais da COVID-19.

O epidemiologista russo explicou que a vacina funciona profilaticamente, enquanto os anticorpos atuam terapeuticamente, ou seja, quando a pessoa já está doente.

'Como cataplasma para um morto': epidemiologista russo comenta 'recomendações' para coronavírus

"Isto é, quando uma pessoa está doente, em vez de comer nozes ou amendoins […] é melhor ela ser injetada com anticorpos preparados para, assim, bloquear o vírus", explicou, acrescentando que eles hoje são administrados apenas por via intravenosa.

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