Segundo Morales, o plano é organizado por dois generais: Sergio Carlos Orellana, comandante em chefe das Forças Armadas de Bolívia, e Iván Ortiz Bravo, chefe do Departamento Terceiro do Comando em Chefe.
Assim, salientou que para executar o plano "chegaram dois aviões com armas dos EUA e foram enviados franco-atiradores a El Alto e Chapare".
É condenável que o governo de fato envie franco-atiradores à cidade de El Alto e Trópico de Cochabamba para que atuem contra grupos de cidadãos que defendem eleições e democracia. Pretendem usar armas de calibre 22 e 25 para acusar de enfrentamentos os movimentos sociais.
El Alto, cidade vizinha da capital boliviana La Paz, e Chapare, província do departamento de Cochabamba, são os principais focos dos protestos contra o novo adiamento das eleições gerais, que estavam previstas para ocorrer em 6 de setembro e foram adiadas para 18 de outubro.
Morales foi presidente da Bolívia até 10 de novembro de 2019, se retirando do país sul-americano após fortes protestos motivados pelas últimas eleições presidenciais bolivianas. Desde então, o ex-mandatário alerta para a erosão do ambiente democrático do país.