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Estado não terá papel central no desenvolvimento sustentável da Amazônia, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (11) que o setor privado, e não o Estado, será o protagonista no desenvolvimento sustentável da Amazônia. 
Sputnik

O chefe do Conselho Nacional da Amazônia Legal participou de painel, por videoconferência, com representantes de países que abrigam a floresta amazônica dentro de seus territórios. O vice também conversará ao longo do dia com os presidentes destas nações. 

Em seu discurso, lido em espanhol, Mourão falou sobre a importância do desenvolvimento sustentável para preservar a região e citou, por exemplo, a bioeconomia. O vice disse que o setor privado deverá guiar esse processo, que, segundo ele, exige criatividade e inovação, características "próprias do espírito empreendedor do setor privado".

"O protagonista do desenvolvimento sustentável na Amazônia será o setor privado, não o Estado", afirmou, segundo publicado pelo portal G1. 

Participação de bancos privados

Mourão disse ainda que para desenvolver a Amazônia será preciso dinheiro, por isso é importante a participação de bancos privados e de desenvolvimento. 

"Para que tudo isso funcione, é necessário que se coloque dinheiro. Então, o financiamento por parte de bancos privados e bancos de desenvolvimento é fundamental", argumentou, citando projetos como a utilização de pequenos portos ao longo dos rios da região para escoar produtos. 

O vice afirmou ainda que o governo trabalhará ao lado de empresas e da sociedade civil para que a bioeconomia seja a "nova fronteira da expansão da atividade humana na selva amazônica".

Vice admite alta no desmatamento

Mourão também falou sobre os índices de desmatamento na Amazônia, que vêm registrando recordes e se tornaram motivo de crise internacional para o atual governo. 

O vice-presidente admitiu que os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam alta no desmatamento. Além disso, reconheceu que o Brasil é cobrado pela preservação da floresta. 

Por outro lado, disse que há "desinformação" sobre a realidade da Amazônia e criticou a postura "de alguns que se aproveitaram da crise para avançar em interesses protecionistas e renovar atitudes colonialistas".

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