A movimentação de R$ 150.539,41 foi descoberta após a Justiça autorizar a quebra de sigilo bancário de Nathália e foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, é a mesma dinâmica de repasse que colocou o gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na mira do Ministério Público e do Coaf pela possível prática de rachadinha, quando os assessores devolvem parte do salário para os políticos que os empregam.
Nathália, que é personal trainer, também esteve lotada no gabinete de Flávio e repassou 82% de seus salários para Queiroz de dezembro de 2007 a dezembro de 2016.
Queiroz foi preso no sítio do advogado Frederick Wassef em Atibaia em junho e atualmente está em prisão domiciliar. Wassef era advogado de Flávio e Jair quando ocorreu a detenção de Queiroz.
O Ministério Público do Rio de Janeiro acredita que Queiroz pode ter sido o operador financeiro da rachadinha.
Em nota, a defesa de Queiroz afirmou que "os depósitos realizados por Nathalia em favor de Fabrício Queiroz cumpriam a regra de centralização das despesas familiares na figura do pai, não tendo, pois, nenhuma relação com suposta rachadinha."
A Secretária de Comunicação da Presidência da República afirmou que não vai comentar o episódio.