Em um vídeo publicado no aplicativo de mensagens Telegram, divulgado nas mídias sociais, Tikhanovskaya expressou:
"Para cada um de nós, defensores de mudanças, a vida humana é o mais importante. Devemos impedir a violência nas ruas das cidades bielorrussas. Peço às autoridades que a cessem e estabeleçam o diálogo."
Ainda assim, a opositora chamou todos os prefeitos a organizarem de 15 a 16 de agosto "reuniões massivas [e] pacíficas em cada cidade".
"Eu gostaria de agradecer quem não teve medo e aderiu à greve", comentou Tikhanovskaya sobre as greves em várias empresas locais.
A opositora afirmou que, nos colégios eleitorais onde ocorreram contagens corretamente, ela conseguiu de 60% a 70% dos votos, e em um colégio obteve 90% do apoio.
Por esse motivo, Tikhanovskaya chamou a população do país a firmar uma petição para exigir uma nova contagem dos votos.
Aleksandr Lukashenko, que governa o país europeu desde 1994, conseguiu o sexto mandato após obter 80,1% dos votos nas eleições presidenciais de 9 de agosto, frente aos 10,1% de Svetlana Tikhanovskaya, segundo o Comitê Central Eleitoral da Bielorrússia.
Logo após o anúncio da vitória do atual presidente, em todo o país se iniciaram grandes protestos, que foram brutalmente reprimidos pelas forças policiais. Milhares de cidadãos se encontram presos após os primeiros dias de manifestações.
União Europeia se pronuncia
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se pronunciou sobre a possíveis sanções contra os responsáveis por violações dos direitos humanos na Bielorrússia.
Precisamos de sanções adicionais contra aqueles que violam os valores democráticos ou ferem direitos humanos na Bielorrússia. Estou confiante que a discussão de hoje [14 de agosto] dos chanceleres da União Europeia vai demonstrar nosso forte apoio pelos direitos das pessoas na Bielorrússia aos fundamentos da liberdade e democracia.
Nesta sexta-feira (14) ocorrerá uma videoconferência do Conselho de Relações Exteriores da União Europeia durante a qual serão examinadas possíveis medidas de resposta ante a situação do país.