Pelo menos dez civis e um policial morreram após militantes da organização Al-Shabaab (grupo terrorista proibido na Rússia) entrarem no Elite Hotel, segundo uma fonte oficial disse à agência AFP.
Segundo comunicado da Al-Shabaab traduzido pela página SITE Intelligence Group, combatentes "tomaram controle do hotel" em "operação de busca do martírio".
Os cinco terroristas que invadiram o local foram mortos pelas forças de segurança. Ao todo, 16 indivíduos perderam a vida na ação. Entre as vítimas fatais está um funcionário do Ministério da Informação. O alvo da invasão seria o ministro da Educação. O hotel costuma ser usado por oficiais do governo.
Extremistas fizeram reféns
Os extremistas chegaram a fazer reféns durante um momento do atentado. Dezenas de pessoas ficaram feridas.
O governo da Somália, por meio de Ministério da Informação, condenou o ataque e o classificou como "covarde, bárbaro e sem sentido".
O ataque começou com uma forte explosão de um carro-bomba, que se seguiu a uma troca de tiros e à invasão do hotel. Forças de segurança somalianas foram enviadas até o local.
"A explosão foi muito forte e pude ver fumaça na área. Houve caos e pessoas fugindo de prédios próximos", disse uma testemunha citada pela agência AFP.
Ataques frequentes contra hotéis
O país africano atravessa uma série de conflitos desde 1991, após a derrubada do líder Siad Barre, que originou uma disputa por poder entre várias lideranças locais.
Além disso, desde 2008 a Somália convive com a ameaça do Al-Shabaab, que rivaliza com o governo internacionalmente reconhecido do país. A organização já realizou diversos ataques no país e hotéis foram alvos de alguns atentados.