Acordo militar entre EUA e Polônia aumenta tensão nas fronteiras russas, diz Moscou

O aumento da presença militar dos EUA na Polônia contribui para a escalada das tensões ao longo das fronteiras ocidentais da Rússia, disse a representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta segunda-feira (17).
Sputnik

Estados Unidos e Polônia assinaram um acordo para ampliar a cooperação na área de defesa que prevê aumentar o número de soldados estadunidenses no país europeu em 1.000 militares, além dos 4.500 soldados já presentes.

Segundo Zakharova, o acordo prevê o desenvolvimento da estrutura avançada de comando e Estado-Maior e centros de treinamento de combate das Forças Armadas dos Estados Unidos, a criação de condições para o envio de tropas e unidades de transporte de aviação, veículos aéreos não tripulados, forças de operações especiais, além de elementos de suporte e logística.

"Mais uma vez chamamos a atenção para o fato de que a escalada militar dos EUA na Polônia não resolve o problema de segurança, pelo contrário, apenas agrava a já difícil situação ao longo das fronteiras ocidentais da Rússia, contribuindo para o agravamento das tensões e aumentando o risco de incidentes não intencionais. A natureza supostamente insignificante e rotativa dos reforços é percebida apenas como uma tentativa de distorcer a realidade. A implementação do acordo EUA-Polônia fortalecerá qualitativamente o potencial ofensivo das forças americanas na Polônia", disse Zakharova.

Os Estados Unidos mostram mais uma vez sua disposição, se seus próprios interesses assim o exigirem, de renunciar não só às obrigações no âmbito dos instrumentos multilaterais, mas também à opinião da maioria dos Estados europeus, afirmou a representante da chancelaria russa.

"Isso desacredita completamente as declarações de certos oficiais da OTAN de que a aliança proporciona segurança e está interessada em reduzir a tensão na Europa. No entanto, as propostas concretas do lado russo sobre como conseguir diminuir a tensão nas áreas de contato Rússia-OTAN permanecem sem resposta" disse Zakharova.

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