Entre as empresas palco de greve figura a Belarusikaly, uma das maiores produtoras de fertilizante de potássio no mundo.
Segundo disse à Sputnik Yuri Zakharov, presidente do Sindicado Independente Bielorrusso, a produção da fábrica ficou paralisada, sendo sua produção um dos itens mais significativos das exportações bielorrussas.
Da mesma forma, trabalhadores de uma metalúrgica do país paralisaram o funcionamento de altos-fornos.
Além disso, nesta segunda-feira (17), o país registrou falha no fornecimento de conexão à Internet, segundo a empresa de telecomunicações Beltelekom.
Por sua vez, o presidente bielorrusso visitou a fabricante de veículos pesados e fornecedora de veículos militares MZKT. Na sua visita, Lukashenko disse aos trabalhadores presentes:
"Se vocês são trabalhadores e pessoas normais, vocês devem trabalhar, homens. Expressem suas demandas, exijam, gritem, mas só não parem a produção. Repito mais uma vez, [não fiquem com raiva de mim], mas vocês não farão que eu fique de joelhos. E não façam de jeito que fique pior para vocês e suas famílias. Vocês vão sentir isso em uma semana depois de fazerem bagunça na empresa", publicou a agência Belta.
Além do mais, funcionários da Fábrica de Automóveis de Minsk (MAZ, na sigla em russo) e da Fábrica de Tratores de Minsk (MTZ, na sigla em russo) iniciaram protestos na frente dos locais de trabalho. Os manifestantes portam a bandeira branca com faixa vermelha frequentemente utilizada por opositores de Lukashenko.
Enquanto isso, o presidente da União de Jornalistas da Bielorrússia, Andrei Krivosheev, afirmou que o corpo técnico da companhia estatal de comunicações Belteleradiokompanya pretende entrar em greve.
A capital bielorrussa, Minsk, tem vivido protestos que surgiram após a votação da eleição presidencial no domingo, 9 de agosto.
Na ocasião, insatisfeitos com o bom resultado de Lukashenko no pleito foram às ruas protestar.
A líder oposicionista e que apareceu em segundo lugar na eleição, Svetlana Tikhanovskaya, decidiu não reconhecer a legitimidade do pleito, assim como outros candidatos.
Contudo, ontem (16) Minsk também foi palco de manifestação pró-Lukashenko.
O ato reuniu tanto autoridades do país como uma multidão de pessoas. Lukashenko afirma que os protestos contra seu governo são engendrados no exterior.