"O Conselho de Coordenação considera que a única forma de superar a crise política é o início imediato das negociações e a elaboração de mecanismos para restaurar a legitimidade e realizar novas eleições", disse ela ao ler a resolução aprovada em reunião da entidade.
A porta-voz assegurou que o Conselho de Coordenação procura normalizar a situação do país no quadro constitucional.
"O Conselho de Coordenação não tem como objetivo mudar a ordem constitucional e a política externa", afirmou.
Na resolução, o órgão denuncia "numerosas violações das normas eleitorais" durante as eleições realizadas em 9 de agosto e a prisão de mais de 7.000 pessoas por motivos políticos.
"A população perdeu a confiança no atual governo e pede sua renúncia", diz o texto do documento, afirmando que "vários países estrangeiros não reconheceram os resultados das eleições presidenciais na Bielorrússia".
A Bielorrússia tem sido palco de uma onda protestos desde 9 de agosto após a realização das eleições presidenciais, nas quais o presidente Aleksandr Lukashenko venceu com 80,1% dos votos, seguido por Tikhanovskaya com 10,12%.
A oposição contestou o resultado e tomou as ruas em manifestações massivas. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo, balas de borracha, canhões de água e granadas de efeito moral para reprimir os protestos.
De acordo com o Ministério do Interior, centenas de pessoas ficaram feridas, incluindo mais de 150 policiais, e mais de 6.700 pessoas foram presas. Três pessoas morreram.