Após críticas de Obama contra Trump, Kamala Harris é oficialmente nomeada ao lado de Joe Biden

Na quarta-feira (19), a senadora dos Estados Unidos, Kamala Harris, aceitou oficialmente a nomeação como candidata à vice-presidência dos EUA pelo partido democrata em um discurso em que acusou o presidente Donald Trump de falta de liderança e prometeu combater o racismo, unir o país e restaurar alianças em todo o mundo.
Sputnik

Na terça-feira (18), Joe Biden também foi oficialmente nomeado como candidato à Presidência dos EUA pelo partido após votação dos delegados como parte da convenção democrata, em grande parte realizada de forma virtual, mas oficialmente sediada em Milwaukee, no estado norte-americano de Wisconsin. O discurso de nomeação oficial de Biden será realizado nesta quinta-feira (20), encerrando o evento de quatro dias.

Após críticas de Obama contra Trump, Kamala Harris é oficialmente nomeada ao lado de Joe Biden

Kamala Harris, ex-procuradora-geral da Califórnia e ex-candidata à Presidência nas prévias do partido, pode se tornar a primeira vice-presidente mulher na história dos EUA caso a chapa com Biden consiga impedir a reeleição do atual presidente Donald Trump, em novembro.

Em seu discurso, a candidata, que é também a primeira mulher negra a integrar uma chapa presidencial dentro dos dois principais partidos dos EUA, ressaltou que o país está de luto devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus. 

"[Os EUA estão] lamentando a perda de vidas, a perda de empregos, a perda de oportunidades, a perda da normalidade e, sim, a perda da certeza", afirmou a candidata.
Após críticas de Obama contra Trump, Kamala Harris é oficialmente nomeada ao lado de Joe Biden

Harris também ressaltou que grupos minoritários estão sofrendo desproporcionalmente nos EUA devido à pandemia por causa do racismo estrutural, desigualdades em educação e tecnologia, saúde e habitação, segurança, emprego e transporte.

"Não existe vacina contra o racismo", disse Harris. A senadora lembrou ainda os protestos após o assassinato de George Floyd, a quem ela afirmou que o país deve mais esforços, assim como a outras vítimas de violência policial. "Nenhum de nós é livre, até que todos sejam livres", acrescentou.

Obama e Hillary Clinton criticam Donald Trump

Ao longo da noite, vários discursos lembraram temas como violência armada, mudança climática, imigração, direitos das mulheres e a recuperação da economia dos EUA. O ex-presidente norte-americano, Barack Obama, acusou Trump de tratar a Presidência como um reality show e de ameaçar as instituições democráticas. O ex-presidente também disse que o atual ocupante da Casa Branca diminuiu a "orgulhosa reputação dos EUA no mundo". Obama afirmou ainda que Biden resgatará a economia dos EUA e restaurará a posição de Washington internacionalmente.

Após críticas de Obama contra Trump, Kamala Harris é oficialmente nomeada ao lado de Joe Biden

A ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, derrotada por Trump na corrida eleitoral de 2016, pediu aos norte-americanos que fossem às urnas, lembrando que perdeu a eleição presidencial mesmo tendo a maioria dos votos. Já a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, criticou Trump e o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, por atrapalharem a aprovação de uma legislação de controle de armas e também de um novo pacote econômico contra os efeitos do novo coronavírus. Tanto Pelosi como Clinton fizeram apelos pelo voto feminino a favor de Biden.

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A senadora Elizabeth Warren, que também concorreu nas primárias democratas, defendeu o plano de recuperação econômica de Biden, incluindo planos para a criação de empregos a partir da energia limpa.

A Convenção Nacional Republicana está marcada para ocorrer entre os dias 21 e 24 de agosto em Charlotte, no estado da Carolina do Norte. Trump disse que fará seu discurso de nomeação como candidato à reeleição no gramado da Casa Branca.

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