Ao comentar sobre a segurança da Sputnik V, Dmitriev disse que vacinas a base de adenovírus são usadas no mundo todo. Soldados americanos, por exemplo, recebem vacinas contra adenovírus desde 1971.
"Vacinas contendo adenovírus humanos vivos vêm sendo administradas para recrutas do Exército dos Estados Unidos. Desde 1971, mais de 10.000.000 de pessoas receberam esse tipo de vacina entre eles. A segunda geração dessas vacinas de adenovírus foi aprovada pela FDA [Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos] em 2011 e continua sendo usada pelos militares norte-americanos hoje em dia", afirmou.
As vacinas contra adenovírus ajudaram no desenvolvimento de vacinas a base de adenovírus, como, por exemplo, a do ebola. Dmitriev ressaltou ainda que as vacinas baseadas em adenovírus foram estudadas em mais de 250 testes clínicos ao redor do mundo.
Dois tipos de adenovírus
A Sputnik V, primeira vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) do mundo, foi desenvolvida no Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em colaboração com o RFPI.
A vacina russa usa dois tipos de adenovírus de humanos com fragmentos do gene do coronavírus em sua composição. Os adenovírus são um grupo de vírus que geralmente causam doenças respiratórias. Eles funcionam como vetores do RNA mensageiro do SARS-CoV-2, estimulando uma resposta imune no organismo dos indivíduos.