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Justiça de São Paulo determina que Uber aumente proteção a entregadores

A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que a Uber Eats forneça aos entregadores de comida pelo aplicativo álcool em gel, auxílio financeiro em caso de afastamento e pontos de apoio para higienização.
Sputnik

A juíza Josiane Grossl, titular da 73ª Vara do Trabalho de São Paulo, assinou a decisão, atendendo um pedido do Ministério Público do Trabalho. A juíza citou o aumento da demanda por entrega de comida com a pandemia do novo coronavírus.

"Ao mesmo tempo em que a utilização do delivery reduz o risco de contágio do consumidor que recebe o produto em casa, os trabalhadores que realizam as entregas ficam expostos ao contágio do coronavírus e, em razão disso, necessária a tomada de medidas a fim de reduzir o risco de propagação do vírus entre esses trabalhadores", argumentou a juíza em sua decisão, citada pela Agência Brasil.

A empresa também deve fornecer equipamentos de proteção previstos nas orientações dos órgãos de saúde, como máscaras. A Uber deverá instalar mais pontos de apoio aos entregadores, chamados de centros de higienização. Atualmente, o aplicativo já mantém um local na região central da cidade de São Paulo, e com a decisão, devem ser instalados em quatro dias mais quatro pontos na cidade.

Assistência financeira aos contaminados

A empresa também deve conceder assistência financeira aos trabalhadores afastados em função da contaminação pelo coronavírus. A juíza reconhece que o aplicativo tem concedido o benefício, mas a decisão reforça a necessidade do auxílio ser mantido até que o governo estadual decrete a última fase da quarentena. A assistência deve durar por todo o período de afastamento recomendado pelo médico, não apenas 14 dias como oferecido atualmente.

Em caso de descumprimento, a Uber está sujeita a multas de R$ 1 mil por item não seguido a um limite de R$ 500 mil.

Em nota, a Uber destacou que o aplicativo "já cumpre a maioria das medidas trazidas na decisão". Entre as exigências que ainda não estão em prática, a companhia diz que vai recorrer.

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