A Itália registrou 1.071 novos casos de COVID-19 nas últimas 24 horas, segundo informações do Ministério da Saúde do país neste sábado (22). As infecções ultrapassaram a barreira de mil casos por dia pela primeira vez desde maio, quando o governo flexibilizou as medidas de distanciamento social, informou Reuters.
Um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus na Europa, a Itália conteve o surto com medidas rígidas de quarentena, após um pico de mortes e casos entre março e abril.
No entanto, o país vive mais uma vez um aumento constante de casos da doença no último mês. Os especialistas culpam as aglomerações de pessoas, associadas a feriados e à vida noturna.
O número mais alto de infecções no país foi registrado em 12 de maio, com 1.402 casos. Esses dados foram divulgados seis dias antes de restaurantes, bares e lojas serem autorizados a reabrir, após um lockdown que durou 10 semanas.
OMS espera fim da pandemia em menos de 2 anos
Apesar do recente aumento de casos em diversos paíes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que a crise do novo coronavírus possa acabar em menos de dois anos, afirmou nesta sexta-feira (21), em Genebra, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Na nossa situação, agora com mais tecnologia, claro que com mais conectividade, o vírus tem mais chance de se difundir, pode se propagar rápido", disse Ghebreyesus, citado pela Reuters. "Ao mesmo tempo, temos a tecnologia e o conhecimento para impedir isso", observou.