Virologista dos EUA garante que vacinação obrigatória contra COVID-19 'é simplesmente impossível'

Konstantin Chumakov, vice-diretor para a ciência do departamento de vacinas da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (Food and Drug Administration – FDA), considera que a vacinação obrigatória contra a COVID-19 "é simplesmente impossível".
Sputnik

"Vacinação obrigatória? Não sei […], talvez na Coreia do Norte, mas acho que em países normais é impossível. Cada pessoa decide por si própria se deve ou não ser vacinada. Por isso, não acho que este cenário seja possível em algum lugar. Talvez [seja necessária] a vacinação obrigatória de crianças para a matrícula escolar, talvez seja exigida àqueles que viajam [...]. Mas, em termos gerais, é claro que todos decidem por si próprios".

Relativamente à questão sobre a criação de uma vacina e como está progredindo a situação neste sentido nos EUA, e se há um desenvolvedor líder, Chumakov disse que existem vários programas de desenvolvimento de vacinas.

"Não há um líder, nos EUA existe um programa chamado Warp Speed, que pode ser traduzido como 'tempo comprimido', que foi lançado pelo governo do país. É um programa de colaboração entre o Departamento de Saúde e o Departamento de Defesa, que lançaram todos os recursos no desenvolvimento de várias vacinas. Eles apoiam agora seis vacinas que estão sendo desenvolvidas e testadas em paralelo, na esperança de que pelo menos uma delas seja eficaz", explicou ele em entrevista ao portal russo RBC. 

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Mutações do vírus

Chumakov explicou que as mutações podem ser de diferentes tipos. "Se estamos falando sobre mutações no sentido que empregamos quando falamos do vírus da gripe, que rapidamente se adapta e tenta evitar a resposta imunológica (o que faz com que, após alguns anos, a imunidade não funcione), isso é uma coisa. No que se trata deste coronavírus e outros coronavírus, tal fenômeno não foi descrito.

Nesta sexta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a criação de uma vacina contra o novo coronavírus não significará o fim da pandemia "por si só".

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