Analista geopolítico Carlos Andrés Ortiz afirmou à Sputnik Mundo que essa movimentação se trata de uma velha estratégia reativada, que ocorre toda vez que se apresentam as circunstâncias necessárias.
A pesquisa do especialista sobre o separatismo está rendendo frutos, avançando ainda mais sobre o conceito de "Mendoexit".
Até mesmo Alfredo Cornejo, ex-governador da província de Mendoza, mostrou-se partidário da separação em relação ao restante do território argentino, sob o pretexto de uma "discriminação" por parte do governo nacional na distribuição de recursos, entre outros aspectos.
Simultaneamente, aparecem pesquisas de opinião que indicam que a posição de Cornejo é compartilhada por um bom número de habitantes da província do país vizinho. Porém, de acordo com a legislação argentina, as províncias não têm direito de declarar independência.
Citando diferentes fontes, Ortiz indicou que no caso de Mendoza "existiam apoios explícitos de vários diplomatas dos EUA, de vários países europeus e de Israel".
"Se fizerem isso, são atos de ingerência", enfatizou o especialista ao apontar que países como o Reino Unido estão também promovendo, através de organizações não governamentais, "a ideia da independência do povo mapuche", ou seja, a criação de seu Estado que "abarcaria parte da Patagônia Argentina", entre outros territórios.
Segundo o analista, as tentativas de separar a Argentina ocorrem há muito tempo. Mencionou, particularmente, "o período cívico-militar entre 1976 e 1983" e a atividade em concreto do político e economista Domingo Felipe Cavallo.
"Forçou a dolarização da economia argentina e queria, até mesmo, nos fazer perder completamente a moeda nacional", afirmou Ortiz.
"Essas mesmas pessoas dos anos 1990 foram as que voltaram ao poder no ano 2015" e são as que estão promovendo a separação de Mendoza agora, salientou o analista.