EUA devem sair do 'pântano da paranoia' e usar 'razão' para lidar com a China, diz coronel

Os militares da China não se curvarão à postura dos Estados Unidos na região, alertou Pequim, acrescentando que Washington deve abandonar sua atual trajetória de política externa e buscar cooperação mútua.
Sputnik

O relacionamento de Pequim com os EUA tornou-se "incomumente severo e complicado", disse o coronel sênior Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, nesta quinta-feira (27), descrevendo os laços bilaterais como estando em um ponto baixo. As duas nações estabeleceram relações formais na década de 1970.

"A China não vai dançar ao som dos EUA, nem concordar com seu comportamento imprudente", declarou o porta-voz, alertando que a China tomará "medidas enérgicas" para salvaguardar seus interesses nacionais.

Ele ressaltou a importância de manter canais de comunicação entre os militares das duas nações e pediu um aumento do diálogo para evitar mal-entendidos.

Washington deveria repensar sua "visão estratégica" em relação à China e abordar a potência asiática "com racionalidade e mente aberta, e sair do pântano da ansiedade e da paranoia", sugeriu Wu.

Os comentários vêm horas depois de o Ministério das Relações Exteriores da China ter criticado os EUA por supostamente invadir uma zona de exclusão aérea durante exercícios militares chineses. O ministério disse que a presença do avião espião U-2 na área foi uma "provocação nua e crua" e pode ter causado um "acidente inesperado".

Por sua vez, os militares dos EUA insistiram que o avião de reconhecimento não violou nenhum acordo ou regra internacional.

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